quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015



Caminho / Caracol - contos, poemas e canções


“Como custa o caracol,
Quando sai do seu cantinho:
Sete dias ele leva
Para andar um bocadinho!

Lá vem ele vagaroso,
Pela relva se movendo.
Eu, se fosse caracol,
Só queria andar correndo."

Arquivo Waldorf

Para que tanta pressa?
Nesses tempos de velocidade, por que não ir a pé?
Ouvidos e olhares obedecem afoitos ao descompasso do dia-a-dia.
Quem ainda se detém para saudar um pequeno caracol?
Para ouvir a canção do vento?
Ou para acompanhar o lento caminhar do sol?


Desde sempre as histórias, cantigas e quadras populares alimentaram a imaginação e formaram a sensibilidade de várias gerações. Essas histórias originais são a expressão, sob forma de imagens, de profundas verdades. A quem nelas penetra, abre-se um mundo tão rico e misterioso como aquele dos sonhos: e, na realidade, há uma afinidade entre a consciência do sonho e a mentalidade com que foram criados os antigos contos.
Estes provêm de uma velha sabedoria popular e são como sementes que, lançadas na alma, produzirão sentimentos, idéias e ideais.
A vivência mágica das histórias contadas, o alento das cantigas folclóricas, a intimidade da relação adulto-criança, a confiança depositada no contador e, portanto, no mundo, representam um tesouro, a chama de uma lanterna que iluminará o caminho e se transformará em qualidades para atuar e compreender a vida e a si mesmo.

(Baseado em textos de Rudolf Steiner, Luiza Lameirão e Leonore Bertalot.)
 http://www.malasartes.art.br/caminho/caracol-contos-poemas-cancoes

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