http://iheartrosemarywatson.blogspot.pt/2012/07/the-best-back-to-school-lunch-ideas.html
http://www.happyorganizedlife.com/2013/02/12-valentines-healthy-snacks-for-kiddos.html
prosisu
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domingo, 8 de fevereiro de 2015
Ofereci-te um caracol
Ofereci-te um caracol no teu dia de anos.
Quando içaste a bandeira obsequiei-te outro cor de pérola.
Uma tarde, quando me dei conta de que estavas triste,
mandei-te pela minha irmã um caracol das ilhas.
Há uns dias, deixei-te um par de caracóis de rio,
dentro da tua carteira.
Ontem estive em tua casa e levei-te um caracol transparente,
tão belo e estranho
que parecia feito de ar endurecido.
Mesmo assim, a tua mãe enfureceu-se comigo
e gritou que jamais queria voltar a ver-nos
- nem a mim nem aos caracóis que te ofereço constantemente -
Ela não compreende
que eu
simplesmente,
estava a fazer uma escada de caracol
para chegar a ti.
Ofereci-te um caracol no teu dia de anos.
Quando içaste a bandeira obsequiei-te outro cor de pérola.
Uma tarde, quando me dei conta de que estavas triste,
mandei-te pela minha irmã um caracol das ilhas.
Há uns dias, deixei-te um par de caracóis de rio,
dentro da tua carteira.
Ontem estive em tua casa e levei-te um caracol transparente,
tão belo e estranho
que parecia feito de ar endurecido.
Mesmo assim, a tua mãe enfureceu-se comigo
e gritou que jamais queria voltar a ver-nos
- nem a mim nem aos caracóis que te ofereço constantemente -
Ela não compreende
que eu
simplesmente,
estava a fazer uma escada de caracol
para chegar a ti.
http://bocaaudiolivros.blogspot.pt/2007/01/poemas-de-amor-para-crianas-de-todas-as.html
O Amor
O AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Fernando PessoaO AMOR, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de MoraesEnfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Mario QuintanaSe tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?